Alterações Climáticas : Todos somos responsáveis
As mudanças climáticas são a maior ameaça ambiental do século XXI, com consequências profundas e transversais a várias áreas da sociedade : económica, social e ambiental.
Todos nós, sem exceção, estamos a ser afetados por esta questão : cidadãos comuns, empresas, governos, economias e, mais importante de todos, a natureza.
No cerne destas mudanças estão os chamados gases de efeito estufa, cujas emissões têm sofrido um aumento acentuado. É, por isso, imprescindível reduzir as suas emissões, eliminando, progressivamente, o uso massivo dos combustíveis fósseis, substituindo-os pelas energias renováveis, fomentando a poupança de energia e a eficiência energética.
Ao mantermos uma atitude inerte e apática perante esta questão, corremos o risco de sermos expostos a eventos climáticos extremos e imprevisíveis (como os que temos vivido nos últimos tempos) e com efeitos nefastos para todo o mundo !
Os efeitos das mudanças do clima são evidentes em zonas como o Ártico, a Antártida ou África, mas também já há muita coisa que mudou em Portugal.
As ondas de calor tornaram-se mais frequentes e existem maiores períodos de seca. Com temperaturas mais altas e humidade mais reduzida, o risco de incêndio florestal aumentou, estando a floresta de Portugal a diminuir, consumida pelos incêndios. Os Invernos estão mais curtos. Os rios tão depressa diminuem os seus caudais, como estes aumentam repentinamente. O padrão da chuva mudou e, quando realmente chove, chove muito e durante um curto espaço de tempo, originando, tantas vezes, cheias nos campos e nas próprias cidades. Embora devagar, verifica-se uma subida do nível do mar. Estes são apenas alguns dos efeitos das mudanças climáticas em Portugal.
E as consequências das alterações climáticas tornaram não só o dia-a-dia como o futuro das empresas do setor da pasta e papel muito preocupantes :
• Os incêndios rurais potenciados pelo aumento das temperaturas, pela falta de chuva e pelas secas e, muitas vezes, agravados por condições meteorológicas com ventos muito fortes, que favorecem a sua propagação,
• acrescido da dificuldade, ou impossibilidade, de repovoamentos florestais devido a uma precipitada legislação que não corresponde ás reais necessidades, potenciando o abandono da floresta e agravando a desertificação, originarão, a curto prazo, a falta de matéria prima ;
• a diminuição periódica do caudal dos rios onde são lançados os efluentes industriais, motivando pontuais concentrações elevadas dos seus parâmetros com consequências nocivas para o meio, e dando origem a um alarido fortemente orquestrado e mediatizado, traduzem-se em avultadas e forçadas perdas de produção e na eventual necessidade de novos, complexos e elevados investimentos, agravando as margens de exploração.
• Questões que levantam sérios problemas na operacionalidade presente e na sustentabilidade futura do setor, a que temos de adicionar um impacto muito negativo para a sua reputação e para a sua imagem…
Um problema para o nosso país, para o nosso setor industrial, para todos que estão ligados ao mesmo !
As alterações climáticas um problema de todos e para todos nós.
Caberá a cada um, na esfera de ação da sua atividade, ter um papel importante na minimização dos riscos e otimização da utilização dos recursos.
Mudar radicalmente uma cultura, um modelo económico, um estilo de vida, poderá levar gerações. Mas todos somos responsáveis, agora, por contribuirmos para o início dessa mudança !
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